Blog para comunicação entre professores e estudantes do Pré vestibular comunitário da UNIRIO. Aqui você encontra informes sobre o curso, aulas passadas, datas das provas e simulados etc. Atenciosamente, equipe do Pré.
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sábado, 23 de julho de 2011
Alunos do intensivo (sábado)
1 - muito bom o debate hoje em sala de aula, parabéns à turma, muito construtivo, mas não vamos deixar só na fala, ok? Muito do que falamos esta na lista de exercícios de população, façam e me enviem até sexta-feira por e-mail (quem já fez e já me entregou pegue comigo corrigido na próxima aula).
2 - vocês pediram e eu estou colocando aqui a frase que citei hoje em sala de aula:
''É preciso explicar porque o mundo de hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das grandes revoluções e insurreições, e eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro.''
Jean Paul Sartre - Prefácio dos condenados da terra.
3 - como falei hoje (23/7), no próximo sábado (30/7) não haverá aula de geografia, mas no outro sábado voltamos com tudo e com matéria nova.
Professor Gabriel - Geografia
quinta-feira, 21 de julho de 2011
GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO
como tinha prometido já esta pronto o pdf que simplifica toda a matéria de população, com todos os slides passados e toda a matéria. como não consegui postar aqui no site peço para que um aluno de cada turma me mande um e-mail (ghlebrao@gmail.com) requerindo este pdf de geografia da população, e este aluno passe o pdf para os demais alunos de cada turma.
Por favor façam isso até sábado (23/julho) ou, no máximo, até domingo muito cedo, pois estarei em viagem entre domingo e sexta da outra semana.
Grato,
Professor Gabriel - Geografia.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO SOBRE O SÉCULO XX – HISTÓRIA GERAL – SUANE - 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Questões de vestibulares
Questões da UFRJ
(CASTRO, Jorge Viveiros de. De todas as únicas maneiras & outras.
Rio de Janeiro: 7Letras, 2002. p.113)
A produção cultural do corpo
Um corpo não é apenas um corpo. É também o seu entorno. Mais do que um conjunto de músculos, ossos, vísceras, reflexos e sensações, o corpo é também a roupa e os acessórios que o adornam, as intervenções que nele se operam, a imagem que dele se produz, as máquinas que nele se acoplam, os sentidos que nele se incorporam, os silêncios que por ele falam, os vestígios que nele se exibem, a educação de seus gestos... enfim, é um sem limite de possibilidades sempre reinventadas e a serem descobertas. Não são, portanto, as semelhanças biológicas que o definem mas, fundamentalmente, os significados culturais e sociais que a ele se atribuem.
(GOELLNER, Silvana Vilodre. A produção cultural do corpo. In: LOURO, Guacira Lopes (org.) Corpo, gênero e sexualidade; um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003. p.28-29
A não-aceitação
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta
do mundo. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1984. p. 291)
TEXTO IV
Sem dúvida o meu aspecto era desagradável, inspirava repugnância. E a gente da casa se impacientava. Minha mãe tinha a franqueza de manifestar-me viva antipatia. Dava-me dois apelidos: bezerro-encourado e cabra-cega. Bezerro-encourado é um intruso. Quando uma cria morre, tiram-lhe o couro, vestem com ele um órfão, que, neste disfarce, é amamentado. A vaca sente o cheiro do filho, engana-se e adota o animal. Devo o apodo ao meu desarranjo, à feiúra, ao desengonço.
Não havia roupa que me assentasse no corpo: a camisa tufava na barriga, as mangas se encurtavam ou alongavam, o paletó se alargava nas costas, enchia se, como um balão. Na verdade o traje fora composto pela costureira módica, atarefada, pouco atenta às medidas. Todos os meninos, porém, usavam na vila fatiotas iguais, e conseguiam modificá-las, ajeitá-las.
Eu aparentava pendurar nos ombros um casaco alheio. Bezerro-encourado. Mas não me fazia tolerar. Essa injúria revelou muito cedo a minha condição na família: comparado ao bicho infeliz, considerei-me um pupilo enfadonho, aceito a custo. Zanguei-me, permanecendo exteriormente calmo, depois serenei. Ninguém tinha culpa do meu desalinho, daqueles modos horríveis de cambembe. Censurando-me a inferioridade, talvez quisessem corrigir-me.
(RAMOS, Graciliano. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 144)
a) Identifique e classifique esse elemento
b) Explicite a relação entre o significado desse elemento e a caracterização física do narrador.
Questões UERJ
Autorretrato falado
Venho de um Cuiabá garimpo e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda de bananas no Beco da
Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá, entre bichos do
chão, pessoas humildes, aves, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de
estar entre pedras e lagartos.
Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz.
Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me
sinto como que desonrado e fujo para o
Pantanal onde sou abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo
que fui salvo.
Descobri que todos os caminhos levam à ignorância.
Não fui para a sarjeta porque herdei uma fazenda de
gado. Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral, porque só
faço coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.
MANOEL DE BARROS
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010
01) Já publiquei 10 livros de poesia; ao publicá-los me
sinto como que desonrado e fujo para o
Pantanal onde sou abençoado a garças.
A palavra “onde”, sublinhada acima, remete a um termo anteriormente expresso. Transcreva esse termo. Nomeie também a classe gramatical de “onde”, substitua-a por uma expressão equivalente e indique seu valor semântico.
Texto II
Maria Cora
Uma noite, voltando para casa, trazia tanto sono que não dei corda ao relógio. Pode ser também que a vista de uma senhora que encontrei em casa do comendador T. contribuísse para aquele esquecimento; mas estas duas razões destroem-se. Cogitação tira o sono e o sono impede a cogitação; só uma das causas devia ser verdadeira. Ponhamos que nenhuma, e fiquemos no principal, que é o relógio parado, de manhã, quando me levantei, ouvindo dez horas no relógio da casa.
Morava então (1893) em uma casa de pensão no Catete. Já por esse tempo este gênero de residência florescia no Rio de Janeiro. Aquela era pequena e tranqüila. Os quatrocentos contos de réis permitiam-me casa exclusiva e própria; mas, em primeiro lugar, já eu ali residia quando os adquiri, por jogo de praça; em segundo lugar, era um solteirão de quarenta anos, tão afeito à vida de hospedaria que me seria impossível morar só. Casar não era menos impossível. Não é que me faltassem noivas. Desde os fins de 1891 mais de uma dama, – e não das menos belas, – olhou para mim com olhos brandos e amigos. Uma das filhas do comendador tratava-me com particular atenção. A nenhuma dei corda; o celibato era a minha alma, a minha vocação, o meu costume, a minha única ventura. Amaria de empreitada e por desfastio. Uma ou duas aventuras por ano bastavam a um coração meio inclinado ao ocaso e à noite.
Talvez por isso dei alguma atenção à senhora que vi em casa do comendador, na véspera. Era uma criatura morena, robusta, vinte e oito a trinta anos, vestida de escuro; entrou às dez horas, acompanhada de uma tia velha. A recepção que lhe fizeram foi mais cerimoniosa que as outras; era a primeira vez que ali ia. Eu era a terceira. Perguntei se era viúva.
– Não; é casada.
– Com quem?
– Com um estancieiro do Rio Grande.
– Chama-se?
– Ele? Fonseca, ela Maria Cora.
– O marido não veio com ela?
– Está no Rio Grande.
Não soube mais nada; mas a figura da dama interessou-me pelas graças físicas, que eram o oposto do que poderiam sonhar poetas românticos e artistas seráficos. Conversei com ela alguns minutos, sobre cousas indiferentes, – mas suficientes para escutar-lhe a voz, que era musical, e saber que tinha opiniões republicanas. Vexou -me confessar que não as professava de espécie alguma; declarei-me vagamente pelo futuro do país. Quando ela falava, tinha um modo de umedecer os beiços, não sei se casual, mas gracioso e picante. Creio que, vistas assim ao pé, as feições não eram tão corretas como pareciam a distância, mas eram mais suas, mais originais
Machado de Assis
Relíquias de casa velha. rio de Janeiro: livraria Garnier, 1990
Morava então (1893) em uma casa de pensão no Catete. Já por esse tempo este gênero de residência florescia no Rio de Janeiro. Aquela era pequena e tranqüila.
Esse,este e aquela são formas empregadas como recursos de coesão textual.
Indique a classe gramatical a que pertencem essas palavras e justifique a escolha de cada uma no trecho de acordo com a respectiva função textual.
Texto III
A máquina
Faltando somente um minuto para a hora marcada, às onze e cinqüenta e nove exatamente, Antônio entrou na máquina de sua própria morte, feita com suas próprias mãos, e todos os olhos, todos os ouvidos, todas as câmeras e todos os microfones do mundo apontaram para ele, um patrocínio Alisante Karina, ele vai morrer de amor por você. Se pudesse divulgar o que estava sentindo, sem trazer inquietação ao coração de Karina, talvez Antônio tivesse confessado ali mesmo, pro mundo todo ouvir, que estava com um medo desgraçado, sabe o verbo medo? Mas não parecia. Quem olhava para ele, ou seja, o mundo inteiro, não diria nunca que se tratava de um homem que sentia um frio no espinhaço. E foi então que deu a hora certinha que Antônio tinha marcado para partir, meio-dia em ponto, cinco, quatro, três, dois, um, Ave-Maria, e seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas Antônio não ouviu. E quando as setecentas lâminas da máquina da morte botaram para funcionar, todas elas ao mesmo tempo, na maior ligeireza, o mundo todo que estava esperando para ver tripa de Antônio, sangue de Antônio, osso de Antônio virar pó, não viu foi coisa nenhuma. (Adriana Falcão A máquina. rio de Janeiro: objetiva, 1999).
03) No romance de Adriana Falcão, o narrador, dialogando com o leitor, faz a seguinte pergunta: “sabe o verbo medo?”
Na pergunta, o discurso do narrador provoca um estranhamento.
Explique por que ocorre o estranhamento e indique o sentido que ele produz no contexto
Questões UFF
Texto I
Abaixo, você encontra dois fragmentos que também se referem ao tempo.
“O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.”
“Os eventos literários podem ser narrados em uma seqüência mais cronológica, ou com flashbacks (retorno a eventos anteriores) ou flashforwards (avanço para eventos posteriores).”
02) Seguem exemplos de inadequações em relação ao registro padrão da língua escrita, apontadas na reportagem da revista VEJA (“A riqueza da língua”) como entraves para o sucesso de profissionais de todas as áreas.
Se ele dispor de tempo.
Ela ficou meia nervosa.
Segue anexo duas cópias do contrato.
Esse assunto é entre eu e ela.
TEXTO III
Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, na beira dele tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães é questão de opiniães... O sertão está em toda parte.
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas.
TEXTO IV
Revista Terra, 09/05, p. 34.
Conjugação verbal e pronomes relativos - Exercícios
Pré-Vestibular Comunitário UNIRIO
Português II - Gramática
Professora: Julia Schmidt
Aluno (a): __________________________________ Turno: ______________
01) Complete a tabela de reconhecimento dos verbos (conjugação, tempo, modo, pessoa, número) sublinhados no texto.
A GUERRA ATRÁS DAS CÂMERAS (Como é produzido o Jornal Nacional...)
O noticiário que a Rede Globo tem exibido em horário nobre, é campeão de audiência desde que o primeiro apresentador, Hilton Gomes, leu a primeira notícia no ar, há 35 anos. Quem quiser comparar sua audiência com a de programas semelhantes, verá que o JN sobressai como um dos programas jornalísticos, proporcionalmente, mais vistos. Ele mantém sintonizados em seus apresentadores 68% dos televisores. Como costuma ocorrer com quase todo líder, as polêmicas acompanham a trajetória do Jornal Nacional. Em momentos cruciais da história recente do Brasil a cobertura do JN provocou críticas. Dois episódios em particular foram examinados à minúcia e livros chegaram a ser escritos sobre eles. Um foi a cobertura da campanha pelas eleições diretas em 1984, quando se acusou o noticiário de esconder as manifestações que tomavam de assalto as praças do Brasil. O outro foi a edição do último debate entre Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, na véspera das eleições presidenciais de 1989. Na ocasião, o Jornal Nacional foi acusado de que tinha favorecido o candidato do PRN com uma montagem tendenciosa.
Por muito tempo esses episódios foram tabus na Globo. Agora não são mais. No livro Jornal Nacional – a notícia faz história, elaborado por um time de historiadores contratados pela emissora, a Globo fez sua própria investigação e agora dá sua versão dos fatos – que VEJA publica com exclusividade. No livro, a emissora admite erros cometidos e esclarece esses e outros fatos da história de seu principal telejornal. "Nós o escrevemos como estamos acostumados a fazer jornalismo. Relatamos os bons e os maus momentos pelos quais todo órgão de imprensa passa, com isenção, com correção, com transparência. Queremos que tenha boa aceitação", disse João Roberto Marinho a VEJA na semana passada. Os exemplares serão vendidos em livrarias em breve.
(Veja: 01/09/2004 – adaptado)
| conjugação | tempo | modo | pessoa | número |
tem exibido | 3a | | | | |
é | | presente | | | |
leu | | | | | |
quiser | | | subjuntivo | | |
verá | | | | | |
sobressai | | | | | |
mantém | | | | | |
acompanham | | | | | |
provocou | | | | | |
foram | | | | | |
chegaram | | | | 3a | plural |
acusou | 1a | | | | |
tomavam | | | | | |
tinha favorecido | | | | | |
fez | | | | | |
dá | | | | | singular |
escrevemos | 2a | | indicativo | | |
relatamos | | | | | |
queremos | | | | | |
tenha | | | | | |
serão | | | | | |
02) Reescreva o trecho abaixo substituindo as repetições sublinhadas por PRONOMES que mantenham a coerência do texto. Se for preciso, faça alguma adaptação na posição das palavras.
Eu me chamo Epaminondas. Tenho uma colega de trabalho chamada Adalgisa. Ontem. Epaminondas e Adalgisa fomos a uma indústria que fica perto da casa de Epaminondas para analisar alguns produtos que os chefes de Epaminondas e Adalgisa tinham interesse em adquirir.
Adalgisa surpreendeu Adalgisa com os preços elevados dos produtos e falou para Epaminondas que o chefe de Adalgisa iria repreender Adalgisa se Adalgisa concordasse com aquela exploração.
Epaminondas disse a Adalgisa que a responsabilidade de Epaminondas e Adalgisa era grande e que o melhor seria que Epaminondas e Adalgisa dividissem a responsabilidade com os chefes de Epaminondas e Adalgisa.
Essa decisão mostrou a decisão correta. No dia seguinte, depois de apresentar o relatório, Epaminondas e Adalgisa ganhamos uma promoção.
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a) Quais os pronomes utilizados na reescritura que poderiam ser omitidos porque o contexto já garantiria seu entendimento?
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b) O texto original já continha algum pronome? Identifique-os.
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03) Verifique se as palavras sublinhadas são, de fato, pronomes relativos, identificando seu antecedente.
SALVADOR JANTA NO LAMAS
(...) Pelo menos uma noite em cada mês Salvador consegue coragem e, sobretudo, dinheiro para realizar o sonho. Coragem, devido à sensação de culpa que lhe corta o coração quando chega em casa às dez e tanto e não sabe como dizer aquilo à mulher. Dinheiro, porque, para Salvador, jantar num restaurante pesa na balança. Mas o remorso, que dura apenas meia hora, acaba antes do sono. Além do mais, se ele se confessasse, teria alguma coisa para contar a Deus. Foi com esse pensamento que saltou do metrô no Largo do Machado, onde respirou a brisa a caminho do Lamas. Era uma dessas noites de dezembro carioca e dizendo-se dezembro carioca não se precisa acrescentar nada de que alguém não se lembre em relação à temperatura. Alguns fregueses reclamavam da refrigeração do restaurante porque esfriava os pratos. No entanto, sentir o contraste entre o calor de dezembro e o frio do Lamas era para Salvador a suprema delícia. O suor congelando sobre a pele, sentou-se numa das poucas mesas em que havia lugar, junto à parede lateral, e pediu um chope. Outra alegria era ver que o garçom se aproximava trazendo na bandeja um pedido seu. Se demorasse não tinha importância: a espera aumentava o prazer final. Mas não houve demora. Logo que a bebida pousou em sua frente, ele tratou de pedir o prato preferido: filé ao ponto com batatas fritas, presunto e ervilhas. Em seguida, tomou dois goles de chope, respirou fundo e consolidou a felicidade. Estava só, num restaurante cujos fregueses transbordavam de alegria, e ele podia observar todas elas. (...) Salvador tem o hábito de circular os olhos pelo ambiente enquanto bebe. Desse modo consegue ver tudo sem que se veja tudo aquilo que ele está vendo. Sempre teve medo de ser pego observando alguém, razão por que não entendeu quando o homem da direita virou a cabeça. Intrigou-lhe o modo como lhe dirigiu o olhar atento. Era um moço de vinte anos no máximo. Quase um menino. O rosto fino e esbranquiçado, meio imberbe, os lábios inexpressivos sob um bigode que não se impunha. Salvador não deu importância ao fato e voltou ao chope. Em outra mesa, na qual estava provavelmente um casal de amantes, o homem, um dançarino de tangos, de cabelos grisalhos e camisa de seda preta, segurava a mão de um anjo esvoaçante, num vestido de viscose branquíssima, visivelmente mais nova que o namorado. A expressão de falsa incredulidade assumida pelo anjo acirrava a paixão do parceiro. Salvador observava-os com toda a comodidade, pois pressentira que em nenhum momento os dois abandonariam a troca de emoções. (...)
Victor Giudice – com adaptações
A palavra | ... é pronome relativo porque seu antecedente é... | e equivale a... |
QUE | sensação de culpa | = a qual (sensação de culpa) |
AQUILO | não é pronome relativo | - - - - - - |
QUE | | |
ALGUMA | | |
QUE | | |
ONDE | Largo do Machado | = no qual (Largo do Machado) |
DE QUE | | |
EM QUE | | |
QUE | | |
LOGO QUE | | |
CUJOS | | |
ELE | | |
ENQUANTO | | |
QUE | | |
POR QUE | | |
COMO | | |
QUE | | |
NA QUAL | | |
QUE | | |
04) Preencha a lacuna com o pronome relativo adequado, precedido de preposição, quando necessária (não use O QUAL e suas variações).
a) Começaram ontem as aulas das matérias __________ gostamos mais.
b) Encontrei os índices ____________ ele se referia.
c) É disputadíssimo o cargo ____________ ele aspira.
d) Desapareceu o documento __________ ainda íamos analisar.
e) Fez um sermão ____________ ninguém irá lembrar-se.
f) Vive numa cidade ____________ habitantes são pacíficos.
g) O empréstimo ____________ contávamos, não se concretizará.
h) Eis aí um convite ____________ certamente não resistirás.
i) É uma lei ____________ ninguém obedece.
j) Mário tinha manias ____________ já estávamos acostumados.
k) As empresas ____________ informações confiamos, já mandaram seus relatórios.
l) Escreveu o nome da cidade ____________ era domiciliado.
m) Admiro a maneira _________ as pessoas trabalham nesta firma.
n) Quem quer saber o nome do time __________ torço?
o) Trarei as provas _________ poderão incriminá-lo.
p) Quando as crianças ficavam de férias, elas faziam tudo ________ tinham direito.
q) Não me sai da cabeça a lembrança de sua irmã _________ olhos deixei minha inspiração.