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sexta-feira, 4 de março de 2011

Material da 1ª aula de História Geral - Prof. Suane (intensivo e extensivo)


Conceito de História
História é uma ciência que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.
Objetivos
Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
Fontes


O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Ciências auxiliares da História
A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.
Na verdade, todas as ciências auxiliam uma a outra.
Periodização da História
A História foi dividida em períodos:
- Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
- Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
- Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.
quadro em anexo
- A historiografia é o estudo do registro da História.
- O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.
O conceito verdade
“(...) como os processos passados não podem transformar-se, nós os conhecemos através de transformações constantes de suas imagens consecutivas, em função das mudanças que intervêm na práxis atual.”
A utilidade da história
“(...) o estudo das estruturas presentes, com a finalidade de orientar a práxis social relativamente a elas, conduz à percepção de fatores formados no passado, cujo conhecimento é útil para a atuação na realidade de hoje.”
A função do historiador
O uso da história - “Meu grande problema, o único problema a resolver, é demonstrar que o tempo avança com diferentes velocidades.” (Braudel in Burke, 1991, p.52) Sendo as estruturas passíveis de transformação, mesmo que de forma lenta, gradual, tardia em relação aos fatos de curta duração e as conjunturas estabelecidas. O pensamento humano faz parte desta “lentidão”, as mudanças na moral, costumes de uma determinada sociedade não acompanham o avanço tecnológico, as transformações na esfera do trabalho, pois as categorias comportamentais, regras de conduta são, na sua maioria, repassadas pela família, pela oralidade, sendo de lenta modificação. A História Nova propõe uma compreensão dos fatos históricos na sua totalidade, não restringindo fontes ou abordagens, ampliando as possibilidades de comprovações a partir de documentos, sendo estes devidamente catalogados (hoje com ajuda do computador) e questionados quanto a sua origem, contexto onde foram redigidos. “... ampliou-se à área dos documentos, que a história tradicional reduzia aos textos e aos produtos da arqueologia, uma arqueologia muitas vezes separada da História. Hoje os documentos chegam a abranger a palavra, o gesto. Constituem-se arquivos orais; são coletados etnotextos.” (Le Goff, 1990, p.10)
Os documentos, portanto, dizem apenas o que certo autor/escritor pensa sobre certo acontecimento. É uma “verdade” apenas para ele e para os que concordam com seu ponto de vista. Duby chega a declarar, a partir dessa visão, que a história é uma ficção: “o historiador conta uma história, uma história que ele forja recorrendo a um certo número de informações concretas.” (Duby, p. 13). Todos os acontecimentos históricos são utilizados e manipulados por diversos meios a serviço de certas ideologias. Por isso há uma importância também em saber quem escreveu o documento e, essencialmente indagar sobre o seguinte aspecto: qual o tempo histórico do autor? Para isso, devemos nos recorrer à metodologia do “campo de experiência e horizonte de expectativas” proposta por Reinhart Koselleck.
O simbólico
“A dualidade natureza/cultura
O lugar do sujeito (como ator social e como observador do social)
Revisão dos critérios de validação
Inevitabilidade de uma multiplicidade de interpretações para cada objeto estudado”
Fatos e interpretações
“A interpretações são necessariamente múltiplas a respeito de um dado tema; e inexistem formas aceitáveis de escolher entre elas. São todas válidas se satisfizerem aos critérios do autor e daqueles que com ele concordarem.”
Fontes:
CARDOSO, Ciro F. & VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia, Rio de Janeiro: Elsever, 1997. Introdução.

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