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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Imperialismo

Imperialismo
A terceira fase capitalista
Desenvolvimento do Capitalismo
O capitalismo passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. A transição que houve do feudalismo para o capitalismo foi bastante desigual; foi mais rápida na parte ocidental da Europa e mais lenta na parte central e oriental. A transição foi bem mais acelerada no Reino Unido (Inglaterra), do que nos outros países.
O capitalismo foi crescendo gradativamente, derrotando e tomando lugar de outras formas de produção, até ter sua hegemonia, que ocorreu em sua fase industrial. Considerando seu processo de desenvolvimento, pode-se dividir o capitalismo em três fases: capitalismo comercial, industrial e financeiro.
Características gerais do Capitalismo


Todos os países são diferentes uns dos outros, mas os capitalistas apresentam algumas características semelhantes.
· Estrutura de propriedade: predomina a propriedade privada. Em alguns países o Estado também é dono de alguns meios de produção; atua como capitalista principalmente em setores básicos e de infra-estrutura.
· Relação de trabalho: o trabalho assalariado é predominante. Mas em muitas regiões subdesenvolvidas e rurais ocorrem relações de trabalho ilegais, como a escravidão, ou trabalho forçado por dívida.
· Objetivo: o objetivo é ter constantemente a obtenção de lucro.
· Meios de troca: o principal meio de troca é o dinheiro, que facilitou bastante o comércio.
· Funcionamento da economia: os agentes econômicos fazem investimentos se guiando pela lei da oferta e da procura. Investem com o objetivo de conseguir a maior rentabilidade. A lei da oferta e da procura funciona da seguinte maneira: se houver mais oferta do que procura os preços tendem a cair; se houver mais procura que oferta os preços tendem a subir. Essa lei é a essência da economia de mercado.
· Relação social: há uma grande desigualdade social, principalmente nos países subdesenvolvidos, ficando a maior parte da renda com poucos
Etapas do capitalismo:


1-Capitalismo Comercial
Essa segunda etapa do capitalismo se estendeu do século XV até XVIII. Houve uma expansão das potências, Espanha e Portugal, que tinham como objetivo descobrir uma nova rota para as Índias, e tirar o monopólio que cidades Gênova e Veneza tinham da entrada de produtos orientais no mercado europeu, através do domínio das rotas mediterrâneas. Foi uma época marcada por grandes navegações e conquistas, além de escravidão e genocídios de muitos nativos da América e da África. Os europeus comandaram esse processo de colonização e exploração.
Esse termo, capitalismo comercial, se explica devido ao acúmulo de riquezas ocorrido por meio do comércio. A economia nesse período funcionava sob a intervenção governamental para aumentar o poder do Estado. A riqueza e o poder de um país eram medidos pela quantidade de ouro, prata e pedras preciosas que possuíam, tal modelo econômico era chamado de metalismo.
Neste período também se acumulava riquezas tendo uma balança comercial favorável, ou seja, exportar mais do que importar. O lucro era garantido através do pacto colonial. Trata-se de um sistema de colonização em que as colônias eram obrigadas a produzir em função das demandas de matéria-prima das metrópoles. E se viam obrigadas a importar os produtos manufaturados com o preço determinado pelas metrópoles. Ou seja, a balança comercial da colônia nunca era favorável. E para completar o quadro, eram proibidas de comercializar com todas as outras nações.
Os produtos mais rentáveis para a época foram: escravos negros, cana-de-açúcar e metais preciosos.
Essa fase foi fundamental para se desenvolver o capitalismo, pois permitiu o grande acúmulo de capitais na mão da burguesia européia. Essa acumulação inicial de capitais criou condições, no Reino Unido e depois em outros países, para que ocorresse a Revolução Industrial.
2-Capitalismo Industrial
Uma de suas características mais importantes foi a de transformar uma quantidade bem maior de recursos (matéria-prima), uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o lucro dos produtores. Aconteceu do século XVIII à metade do século XIX. A essência do sistema não era mais o comércio, o lucro vinha da produção de mercadorias.
Mais valia: o trabalhador assalariado recebe uma remuneração por cada jornada de trabalho. Mas o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe em forma de salário. Essa parte de trabalho não pago fica no bolso dos donos das fábricas, minas e etc. Assim todo produto vendido traz uma parte que não é paga aos trabalhadores, permitindo o acúmulo de capitais.
Por este motivo, o regime assalariado é a forma de trabalho mais rentável para os capitalistas. O trabalhador assalariado além de produzir mais, tem condições de comprar os produtos. Assim, o trabalho escravo foi substituído pelo assalariado. Mudanças importantes estavam ocorrendo: a produtividade e a capacidade de produção aumentavam rapidamente; e a produção em série crescia. Na segunda metade do século XIX, estava acontecendo a Segunda Revolução Industrial. Um dos aspectos importantes desse período foi a introdução de tecnologias e novas fontes de energia, passou a haver um interesse para a pesquisa cientifica com o objetivo de desenvolver novas e melhores técnicas de produção. O novo uso da eletricidade beneficiou as indústrias. O desenvolvimento do motor e a utilização de combustíveis derivados do petróleo proporcionaram novas formas de transporte.
Com o grande aumento da produção, houve também competição para se ganhar mercados consumidores e novas fontes de matérias-primas. Com a partilha da África e da Ásia consolidou-se a divisão internacional do trabalho, em que as colônias se especializavam em fornecer matérias-primas com o preço bem barato aos países que estavam se industrializando.
Nessa época surge uma potência industrial fora da Europa, os Estados Unidos. Eles adotaram o lema ‘A América para os americanos’. Os Estados Unidos tinham como área de influência econômica e política a América Latina. Em fins do século XIX também começou a surgir o Japão como potência. Passou a disputar territórios com as potencias européias, principalmente o território da China.
Apesar de a primeira metade do século XX ser marcada por avanços tecnológicos, foi também um período de instabilidade econômica e geopolítica. Houve a Primeira Guerra Mundial, Revolução Russa, Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Em poucas décadas o capitalismo passou por crises e transformações.
3-Capitalismo Financeiro
Com o crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer rapidamente várias empresas, por causa do processo de concentração e centralização de capitais. A grande concorrência favoreceu as grandes empresas, o que levou a fusões e incorporações, trazendo monopolização em muitos setores da economia.
O capitalismo dessa forma entrava em sua fase financeira e monopolista. O inicio dessa nova fase capitalista coincidiu com o período da expansão imperialista (1875 – 1914), em fins do século XIX e meados do século XX. Mas a consolidação só ocorreu após a Primeira Guerra Mundial, quando as empresas ganharam mais poder e influência.
A expansão do mercado de capitais é uma marca do capitalismo financeiro. Nos Estados Unidos se consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram aumentando seus capitais através da venda de ações em bolsas de valores. Permitindo assim, a formação de enormes corporações. Os bancos passam a ter um papel importante como financiadores de produção. A livre concorrência e o livre mercado passam a ser substituídos por um mercado oligopolizado (poucas empresas detêm maior parte do mercado). O Estado também começa a intervir na economia.
Formas de oligopólio
Cartel: Associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre o preço, que é uniformizado geralmente em nível alto, e quotas de produção são fixadas para as empresas membro. No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a durar pouco devido ao conflito de interesses.
Truste: Reunião de empresas que perdem seu poder individual e o submetem ao controle de um conselho de trustes. Surge uma nova empresa com poder maior de influência sobre o mercado. Geralmente tais organizações formam monopólios. Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes, como a Lei Sherman, aprovada pelos norte-americanos em 1890.
Holding: Forma de organização de empresas que surge depois de os trustes serem postos na ilegalidade. Consiste no agrupamento de grandes sociedades anônimas. Sociedade anônima é uma designação dada às empresas que abrem seu capital e emitem ações que são negociadas em bolsa de valores. Neste caso, a maioria das ações de cada uma delas é controlada por uma única empresa, a holding. A ação das holdings no mercado é semelhante a dos trustes. Uma holding geralmente é formada para facilitar o controle das atividades em um setor. Se ela tiver empresas que atuem nos diversos setores de um mercado como o da produção de eletrodomésticos, por exemplo, abocanha gordas fatias desse mercado e adquire condições de dominar seu funcionamento.
Conglomerado: Conglomerado é uma forma de oligopólio na qual várias empresas que atuam em setores diversos se unem para tentar dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma holding. Um exemplo são as grandes corporações que dominam desde a extração da matéria-prima até o transporte de seu produto já industrializado, ou seja, um truste.
Causas do Imperialismo
A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra em meados do século XVIII e foi simbolizada pelo ferro, pelo carvão e pela energia a vapor (obtida pela queima da madeira). Já a Segunda Revolução Industrial teve como símbolos o aço e as novas fontes de energia – a eletricidade e o petróleo. Um aspecto importante da nova Revolução Industrial foi a crescente participação da ciência do aperfeiçoamento das máquinas e produtos.
Também foi inédito o emprego de uma nova técnica de produção, a linha de montagem, adotada por Henry Ford na sua indústria de automóveis. Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. As empresas cresceram rapidamente e foram capazes de criar monopólios de segmentos inteiros do mercado.
Além disso, as potências buscavam, no momento, colônias para instalar parte de seu excedente populacional e novas áreas de investimentos de capitais. Vale destacar que a população européia havia passado de 70 milhões para 190 milhões entre 1500 e 1800. No século XX, teve um impulso ainda maior, chegando a 432 milhões. Com áreas recebendo tais excedentes metropolitanos e novas populações coloniais sendo conquistadas, garantiam-se impostos, contingentes para os exércitos metropolitanos e mercados consumidores.
Formas de atuação imperialista
Nem sempre os países ricos tomam o controle da Nação que pretendem dominar. Em alguns casos, como já foi visto, esses países são forçados a assinar tratados que favorecem mais os países dominadores e acabam criando uma situação de exploração e dependência nos países mais pobres. Por isso, não podemos dizer que o imperialismo agiu de forma igual em todos as suas conquistas, o que não faz com que tenham sido menos cruéis e avassaladoras as mudanças impostas a esses povos. Em alguns casos, como nos países da América que produziam minérios, aconteceu um incentivo a indústria para exportação dos produtos, porém, essa exportação era taxada de acordo com os interesses das indústrias estadunidenses.
“O fardo do homem branco” darwinismo social
Essa filosofia defende a idéia de que a teoria da evolução das espécies de Darwin podia ser aplicada à evolução da sociedade. Assim, na luta pela vida só sobreviveriam raças e nações “mais capazes”. Daí a visão de que o neocolonialismo seria uma missão civilizatória de uma raça superior, a branca, representada sobretudo pelo europeu e pelo estadunidense. Essa missão civilizatória também foi chamada de “o fardo do homem branco”, uma vez que esse grupo “superior” teria a obrigação de levar a tecnologia, a civilização e a cultura cristã para lugares onde a “raça” local jamais às alcançaria sozinha.
Falsa impressão de progresso
A especialização do comércio trouxe a falsa impressão de progresso às regiões periféricas. Capitais entravam maciçamente nestas áreas para garantir a infraestrutura capaz de baratear e racionalizar o escoamento de seus produtos primários (portos, ferrovias, eletricidade, armazéns etc.). Isso no fundo agravava sua situação de dependência e sustentava a soberania estrangeira.
Estratégias de dominação:
Protetorados: Era a forma mais “inteligente” de dominação colonial. Onde os colonizadores exercem dominação indireta, mantendo os poderes locais e cooptando elites nativas.
Aconteceu em locais dos Estados mais organizados, como o Egito, Marrocos e Indochina (Vietnã, Laos e Camboja).
A atuação dos franceses na Indochina foi o melhor exemplo de protetorado, pois conservando as propriedades das elites locais, mantinham a população em regime de semi-escravidão nos vastos seringais concedidos no interior, administrando, ainda, a exploração de sal, a produção e a distribuição de álcool e do ópio. Por exemplo, citamos que os franceses forçaram um aumento nos preços do sal, na Indochina, em 450%, entre 1897 e 1907.
Áreas de Influência: Eram regiões independentes, onde as potências coloniais competiam entre si para obter concessões econômicas, como estradas de ferro e portos exclusivos ou, ainda, a cessão de territórios. Os melhores exemplos são o Império Otomano (concorrência entre alemães e ingleses), Pérsia (entre Inglaterra e Rússia) e China.
Imperialismo informal: Ausência de dominação política sobre áreas periféricas, que se conservam “independentes”, mas com suas economias voltadas ao mercado externo. Dependência econômica junto aos países centrais, com setores econômicos desnacionalizados. A América Latina foi o foco maior.
Casos expressivos na fase imperialista:
  1. A conferência de Berlim 1884-1885
Organizado pelo chanceler Otto von Bismarck da Alemanha tinha por objetivo maior a elaboração de um conjunto de regras que dispusessem sobre a conquista da África pelas potências coloniais da forma mais ordenada possível, mas que acabou resultando em uma divisão nada pacífica, utilizando como justificativa moral, a concretização da “missão civilizatória” do homem branco. Muitos povos e nações africanas resistiram à dominação, o que resultou em prolongados conflitos, como no Marrocos (França), no Sudão (Inglaterra). Apenas a Libéria e a Etiópia conseguiram se manter independentes diante das investidas após a conferência de Berlim.
Partilha da África e da Ásia: A corrida neocolonial foi iniciada pela França, com o estabelecimento, em 1881, do protetorado na Tunísia, onde atuava a África Ocidental Francesa companhia que representava os interesses franceses e prometia em troca defender o país belicamente. Os ingleses se dominaram o Egito, em Suez (1882), na Costa do Ouro e na Nigéria. Os belgas conquistaram o Congo e a Alemanha Camarões e regiões da África Oriental em 1884. A Itália tentou conquistar a Etiópia, mas foi derrotada pelas forças locais em 1896.
No Extremo Oriente, enquanto a China era governada pela decadente dinastia Manchu, o Japão encontrava-se sob um regime de governo feudal. Ambos notabilizavam-se pelo fechamento ao mundo externo, mas foram forçados à abertura: a China em 1842 e o Japão em 1854.
A elite japonesa queria empreender modernizações no Estado e da economia: os feudos foram abolidos e substituídos por departamentos governados por prefeitos nomeados pelo imperador; foi promulgada uma Constituição de tipo ocidental, 1889, é levou-se a cabo uma reforma agrária; o Estado criou empresas, recebeu técnicos ocidentais e enviou estudantes para a Europa. Essas foram características da Revolução Meiji.
A China foi invadida e não possuía capacidade para reagir, a Inglaterra tomou Hong-Kong; a França e os EUA conseguiram vantajosas concessões comerciais. Os japoneses se apossaram da ilha de Formosa (Taiwan) e, em seguida, a China foi dividida em zonas de influências entre França, Grã-Bretanha, EUA, Rússia e Alemanha.
  1. Guerra do ópio 1839-1842 – China x Inglaterra
A China e a Índia, extremamente populosas, exerciam forte atração sobre os mercadores ingleses. Mas enquanto a Índia comerciava abertamente, a China não demonstrava interesse algum pelas mercadorias européias. Os produtos chineses, tais como a seda, o chá e a porcelana alcançavam bons preços na Europa, mas os produtos europeus não conseguiam entrar no mercado chinês. Esse comércio era pouco rendoso para a Inglaterra.
O ópio era um produto que interessava os chineses. Os ingleses cultivavam o ópio na Índia e vendia-o em grandes quantidades na China. Com o abuso do consumo do ópio, o governo chinês proibiu tal comércio, que até então era a principal fonte de lucro para a Inglaterra na região. Logo, o tráfico ilegal da droga tomou proporções alarmantes, forçando o imperador chinês a combatê-lo energicamente.
A guerra começou em 1939, com o bombardeamento de Cantão, cidade chinesa onde era mais forte o contrabando do ópio. Era o fim das esperanças da expansão comercial. Imediatamente a Inglaterra respondeu com o bombardeamento de Cantão, em 1939. As forças britânicas tomaram pontos importantes da costa chinesa, incluindo Hong Kong e Xangai, ameaçando Pequim. Vendo-se praticamente derrotados, os chineses assinam, em 1942, o Tratado de Nanquim, dando fim à guerra.
De acordo com o tratado, cinco portos chineses importantes foram abertos aos ingleses. Garantindo o direito de comércio em cada porto estaria constantemente ancorada uma belonave britânica. A China foi obrigada a pagar indenização pelo ópio inutilizado e a ceder a ilha de Hong Kong, que então ficou sob o domínio da Inglaterra até julho de 1997.
2.1 Revolta de Cipaios 1857 – Índia x Inglaterra
Bem mais do que alcançar seus interesses particulares, os ingleses também impuseram uma série de transformações que iam contra as tradições e costumes do povo indiano. No plano econômico, a redução das tarifas alfandegárias prejudicou fortemente os comerciantes de tecidos, que logo não suportaram a concorrência imposta pela tecelagem inglesa.
Para garantir seus interesses, a Companhia das Índias Orientais realizava o recrutamento de soldados indianos, chamados de cipaios. Por volta da segunda metade do século XIX, esse exército nativo contava com mais de 200.000 integrantes e se mostrava bem mais numeroso que os oficiais britânicos presentes na Índia. Anos mais tarde, esse grande contingente militar se voltou contra os próprios ingleses.
A insatisfação dos soldados indianos foi crescendo de acordo com as interferências britânicas nas políticas internas. Essas atividades desrespeitavam tanto a organização política e cultural do povo indiano quanto sua religiosidade e hábitos cotidianos. A intolerância cultural por parte dos ingleses foi um dos fatores que levaram os cipaios a confrontar o poder europeu. Em 1857, o estopim para essa insurreição foi o início da utilização de gordura animal na fabricação dos cartuchos dos fuzis, de acordo com a cultura indiana tratava-se de uma afronta aos seus costumes, tanto da parcela hindu (vegetariana) quanto da parcela muçulmana (que não utiliza os animais “impuros”).
Após alguns conflitos e muita insatisfação com o domínio inglês, os soldados – que eram maioria – tomaram a cidade de Delhi e mataram muitos ingleses. A reação inglesa foi forte, porém insuficiente num primeiro momento. Ao final, a revolta provocou o fim da administração local da Companhia Britânica das Índias Orientais. Em agosto de 1858, a coroa britânica assumiu o governo da Índia, um secretário de Estado foi designado para tratar de assuntos indianos e o vice-rei da Índia passou a ser o chefe da administração local. A companhia foi abolida e os britânicos procuraram integrar os governantes nativos na administração colonial. O vice-rei terminou a política de anexações, decretou a tolerância religiosa e admitiu indianos no serviço público. Com a vitória inglesa, a rainha Vitória recebeu em 1877o título de Imperatriz da Índia.
  1. Imperialismo russo
O expansionismo russo, conseguiu atuar no Oriente, dominando a província de Amur, ao norte da Manchúria e depois trocou as Ilhas Kurilas pela Ilha Sacalina em 1875, com o Japão. Esses dois países invadiram a China e tomaram partes de seu território. A Guerra Russo-Japonesa, em 1904-1905, foi vencida pelo Japão que obrigou a Rússia a assinar o Tratado de Portsmouth, segundo o qual, Port Arthur e a Manchúria meridional ficariam sob domínio japonês.
  1. A Guerra Hispano-Americana 1898
Cuba era o maior produtor de açúcar do mundo e colônia da Espanha. Os Estados Unidos decidiram intervir na luta de independência desse país contra sua metrópole, o que gerou a reação espanhola, culminando na guerra. Com a vitória estadunidense, Cuba ficou independente, porém foi obrigada a inserir em sua nova Constituição a Emenda Platt - 1901, que garantia a possibilidade dos Estados Unidos intervir em assuntos internos do país sempre que julgasse necessário além de permitir a instalação da Base Militar de Guantánamo no território da ilha.
4.1 Canal do Panamá 1821-1999
O Panamá conquistou sua independência da Colômbia, no ano de 1821, devido ao apoio estadunidense nas rebeliões de 1903, estes intervieram na região por causa de seu interesse no canal que seria utilizado para ligar a costa oeste à costa leste, foi nesse período que o Panamá separou de vez da Colômbia. O canal do Panamá foi construído e inaugurado pelos estadunidenses em 1914, para utilizar e controlar essa construção os EUA passaram a pagar uma anuidade ao governo do Panamá como forma de indenização.
O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos Estados Unidos até 1999. Nesta data, o controle foi passado ao Panamá, como previsto pelos Tratados Torrijos-Carter, assinados em 7 de setembro de 1977. Os tratados previam uma passagem gradual do controle aos panamenhos, que foi completada com o controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro de 1999.
Conseqüências globais e a Primeira Guerra Mundial
Toda a disputa por zonas de influência fez da virada para o século XX um período de instabilidade diplomática e de insatisfação popular em países desfavorecidos com as partilhas. Os grandes governos imperialistas não concordavam entre si e os países dominados buscavam alianças mais favoráveis aos seus objetivos. Além disso, os países da Europa (Ocidental e Oriental) estavam divididos de acordo com marcações políticas que, em geral, não respeitavam a identidade cultural dos povos que habitavam a região.Todas essas insatisfações culminaram na Primeira Guerra Mundial que pode ser entendida como um ajuste de contas das políticas imperialistas iniciadas do fim do século XIX. De forma geral, o advento do capitalismo financeiro e das práticas expansionistas causaram a destruição de muitas nações que já eram pobres além de ficar conhecido como o período da história em que foram feitas as maiores matanças em escala global.
A seguir, algumas imagens que ajudam na compreensão do assunto tratado.







Um comentário:

Suane disse...

Desculpem, as imagens tinham que estar no final do documento, mas entraram no início.
att